"Os conselhos do mestre São João da Cruz não economizam palavras, como acontecia nos ditados de Jesus. A peregrinação para a montanha a qual São João nos leva não é para pessoas fracas, mas para homens e mulheres corajosos. A subida para a libertação, através da entrega à vontade amorosa e beneplácida de Deus, não pode ser realizada por pessoas acostumadas apenas a sorver o caldo da espiritualidade trivial. Aquele que segue o caminho para a liberdade através da obediência, da restauração através da renúncia, tem de alimentar-se com sólida comida da fé e com pão e o vinho do próprio corpo e sangue de Jesus. Muitas pessoas que hoje procuram uma vida espiritual sucumbem diante da propaganda dos gurus da Nova Era, que prometem a salvação instantânea por meio de uma ou outra técnica de auto-atualização. Eles têm a tendência de fugir da cruz tão depressa como os vaga-lumes fogem das fogueiras. São João não se limita a abraçar a cruz com alegria; ele diz que jamais poderemos subir para o cume da montanha da união com o Divino, a menos que apanhemos a cruz e sigamos a Cristo com coragem. É apenas quando levantamos a cruz para o alto em abandono de fé, de irredutível esperança e de amor abnegado que podemos escapar das prisões da dúvida, do desespero, do preconceito e do ódio por nós mesmos. Enfrentar o sofrimento simbolizado pela cruz é, paradoxalmente, ser liberto da ilusão paralisadora da auto-suficiencia. É ver no sofrimento cruel um convite para a compaixão. É enxergar, na escuridão, o brilho fraco de uma luz maior.” Susan Muto
sábado, 24 de maio de 2008
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